Este "blog" ficou parado por mais de um ano, mas resolvi retomar as postagens sobre minhas publicações, de certa forma para manter um registro histórico.
Pois bem, vamos falar de 2021. Foi um ano em que publiquei pouco. Apenas três notas científicas, porém, trabalhos que acho bacanas. No primeiro deles, em parceria com Maria Clara do Nascimento, Alexander Zaidan e Anderson Marcos de Oliveira, relatamos o primeiro registro confirmado da coral-verdadeira Micrurus ibiboboca em Minas Gerais, mais especificamente no município de Almenara, nordeste do estado, região de Mata Atlântica. A serpente havia sido coletada anos antes, em 2005, pelo Prof. Renato Feio, e depositada na coleção de répteis do Museu de Zoologia João Moojen, da Universidade Federal de Viçosa. Mas o ineditismo do registro passou batido por todos, até ser notado pelo Anderson, então aluno de mestrado na UFV, que entrou em contato comigo. Eu sabia que a Maria Clara e o Alexander tinham registros da espécie na Reserva Particular do Patrimônio Natural Mata do Passarinho, bem na divisa entre Bahia e Minas Gerais e resolvemos juntar esforços para publicar os dados. Com isso, Minas Gerais passa a ter registros de seis espécies de corais-verdadeiras nativas, que são espécies de interesse médico, por conta da toxicidade do seu veneno. Na nota publicada na revista científica Oecologia Australis, nós ainda fizemos uma bela revisão de literatura dos registros desta espécie no Brasil, disponíveis em um mapa dentro do próprio trabalho e em uma planilha detalhada no material suplementar.
Exemplar de Micrurus ibiboboca preservado no Museu de Zoologia João Moojen, da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV 1209), coletado na Fazenda Limoeiro, Almenara, Minas Gerais. Primeiro registro confirmado da espécie em território mineiro.
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AutorHenrique C. Costa Histórico
January 2024
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